quinta-feira, 19 de junho de 2008

"Nosso sonho é de cantar no programa Raul Gil"

Por Ulisses Job
ulissesjoblima@hotmail.com

Glaucoma na infância deixou cega dona Terezinha de Jesus, 48 anos. João de Matos, 60 anos, com sete dias de vida perdeu a visão. Ela, desde menina, gosta de cantar e ele, com oito anos, aprendeu a tocar violão sozinho.

Unidos pela escuridão, o casal de cegos descobriu na música a luz e o sentido de viver. "Sei que ninguém vai carregar minha cruz, que não tem cura, então, com pensamento positivo conseguimos, com muito custo e ajuda de amigos, lançar um CD com música sertaneja, popular e Jovem Guarda", suspirou Terezinha, segurando forte sua bengala.

Infelizmente com o pouco dinheiro que ganham eles não conseguem reproduzir o CD para aumentar a renda. Após terem reunido um bom público na Praça Nereu Ramos para escutá-los cantando, João, com o violão sobre as pernas produzindo um som suave, disse: "Nosso sonho é de cantar no programa do Raul Gil" e Terezinha, eufórica, desabafou: "Se algum dia estiver no programa dele, espero que os jurados me julguem pela minha competência, não por ser cega".

Monumento Esquecido




Por Morgana Réus
Texto e Fotos

Projetado pelo arquiteto Manoel Coelho e fundado em 06 de janeiro de 1981, o Memorial Dino Gorini localiza-se no subsolo, onde se encontra o monumento também chamado Dino Gorini, que representa as cinco etnias colonizadoras de Criciúma; Italiana, Polonesa, Alemã, Portuguesa e Africana.

Recebeu este nome em homenagem à Dino Gorini, presidente da Comissão Central dos Festejos do Centenário de Criciúma. Foi construído pela Prefeitura para comemorar o centenário da cidade e era responsável por guardar a história da colonização de Criciúma em painéis de cerâmica artística elaborados por artistas locais.

Há mais de 8 anos desativado, devido à infiltração de água no subsolo pelo um rio que corre ao lado, o patrimônio está sendo alvo de vândalos e usuários de drogas que por ali passam.

De acordo com o Coordenador do Patrimônio Histórico da Casa da Cultura, Deivid da Silva Pinto, para a Prefeitura no momento não teria a possibilidade de revitalização. Seria necessário primeiramente fazer a canalização do rio. Somente haveria a probabilidade de o monumento ser repaginado, para colocar as outras duas etnias que estão faltando: Árabe e Espanhola.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, o projeto de canalização do córrego já está pronto e as obras devem começar até o final do ano, já a restauração do Memorial fica a longo prazo.



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